SIMPLES ASSIM
>> quinta-feira, 22 de julho de 2010
Hoje li uma frase que decidi levar como um lema: "Fiz um pacto com a felicidade. Na alegria e na tristeza. Quero ser feliz sempre." Difícil? Muito. Como tudo na vida aliás, requer um exercício diário. Mas faz bem pra pele, pra alma, e pra todo mundo com quem convivemos. Cá entre nós, é tão bom estar perto de pessoas felizes, leves, alegres, uma benção. É como estar com as crianças, sempre rindo, fazendo bagunça, se maravilhando com todas as novidades da vida. Um bálsamo!!!!!
E porque estou falando de simplicidade e também por estar de volta à Goiás, nada mais pertinente do que falar de Cora. Cora Coralina. Mulher, goiana, poeta, doceira. Simples. Uma poesia simples, mas com aquela força que corre das mãos das mulheres. Das mães. Das companheiras e guerreiras. Amo suas palavras simples, seu jeito tão natural. A poesia simplesmente emanava dela. Passava de suas mãos de doceira, pra um pedaço de papel. Simples assim. Quem conhece Cora, quem já leu Cora, sabe bem do que estou falando. Pra quem não conhece, vai aí um de seus poemas mais lindos e marcantes. Para degustar, como um bom vinho, pouco a pouco, absorvendo cada palavra, sentindo na pele a emoção que ela passa...
Humildade
"Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo de meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa."
Uma oração. Um poema pra se ter sempre por perto.
Salve Cora!!!!!
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>> domingo, 18 de julho de 2010
Quantos lugares podemos sinceramente chamar de lar? Em quantos lugares nos sentimos tão bem quanto nos sentimos em casa? Pra mim, voltar pra Goiânia, chegar em Goiânia, é uma sensação única e maravilhosa. Sempre me emociono quando volto pra Goiás, é um retorno às origens, às raízes. Faz bem pra minha alma, um reencontro com minhas referências, minhas experiências.
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As Marias
>> quinta-feira, 15 de julho de 2010
Eu amo poesia, e quando gosto de um poema, leio, releio, absorvo, sinto, é uma experiência meio transcendental pra mim, e diria até necessária, pois adoro colorir meu dia com poesia.
Conheci a poeta goiana Maria Lúcia Félix, através de minha grande amiga e também poeta, Yula. Quando li alguns de seus poemas, me identifiquei muito com seu estilo, seu conteúdo, foi muito forte. Na época, ainda não tinha filhos, mas já sonhava com minha menina, minha Maria. Sempre gostei desse nome, simples e especial, nome de minha avó, de tantas Marias, e quando li esse poema que ela fez pra sua filha Maria, esse nome ficou gravado em meu coração... acho que começou aí minha relação tão linda com minha pequena.
MARIA
Em dias luminosos
quando saio da gaiola de mim mesma
Maria e eu cantamos
de alegria
Em dias sombrios como hoje
meu coração traz camadas de tristeza
Mas Maria tem infinita paciência
-vai tirando devagar a argila
até chegar ao centro de mim
Rio-me então
Acarinho minha semente
E o momento é tão pleno
que dispensa o sonho
nada desejo para Maria
nada peço à seu anjo por ela
Que Maria é somente isso
uma manhã muito sonhada
e eu ando de mãos dadas
com essa manhã.
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PRAINHA
Uma imagem pra tocar o coração e inspirar a mente!!!!
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