Eu ando com fé
>> quinta-feira, 12 de julho de 2012
Eu gosto
de ter fé. De acreditar e ter esperança. Dentro de mim, Deus tem vários
significados. Deus para mim é muitos. E eu o vejo em tantos lugares, nas mais
variadas formas. Gosto de esperar sempre pelo melhor e enxergar bondade nesse
mundo, mesmo quando muita coisa me leva a ver o contrário. Fui criada rezando
para o “Papai do Céu”, pedindo e agradecendo. Ter fé me conforta e me acalma o
coração. Sinto Deus em todos os momentos, e principalmente quando vivo o amor,
todos os dias, com meus filhos, meus amigos, minha vida. Fui criada e
iniciada na religião Católica, por uma mãe maravilhosa, amorosa, que me ensinou
o amor a Deus e a importância do perdão e da caridade. Cresci aprendendo a
respeitar as diferenças, e apreciar o simples. Gosto de rituais e de
simbologia. Fui estimulada a desenvolver minha espiritualidade. Foi-me ensinado
a valorizar o espiritual acima do material. Sou devota de Nossa Senhora e
vou à missa comungar. Faz-me bem, alimenta minha alma. Com minha mãe, também
aprendi que a Igreja é feita de homens, e, portanto, passível de erros. Olho
para as coisas boas que essa Igreja faz. Não me cabe julgar o errado. Minha fé
transcende essas pequenezas. Sou uma mulher de orações, de sentimentos.
Já adulta conheci outras religiões e outras formas de se chegar a Deus. Aprendi
a comungar com a natureza. E através de seus espetáculos diários, vislumbrei um
Deus que ainda não conhecia. Um Deus de transformação. O Deus do belo.
Admiro o Deus que existe em cada um de nós, o Deus que habita as diversas
crenças. Só não consigo enxergar Deus quando se associa a ele o preconceito, a
maldade, o medo do diferente, e a intolerância. Deus não mora ali. Deus é de
todos e para todos. Talvez para isso precisemos achar nossa maneira própria de
rezar, e de encontrar com Ele. Apesar da minha crença, gosto de ver Deus
através de outras óticas. Encontro Deus no meu oposto. O amor deve estar
presente nas semelhanças e também nas diferenças. Os rituais, as cores e os
símbolos das tantas vozes que expressam o Divino me encantam. Deus é magia, e
tudo que nos eleva ao transcendental. Sou mística, religiosa, e espiritualista.
Acima de tudo sou amor. Mais do que dogmas e crenças, religar-se a Deus,
religião, é um ato de bondade, a intenção de ser bom. Gosto do sincretismo
religioso. Gosto do diverso. Gosto de ter fé. Em Deus, na vida e no meu semelhante.
Sou crédula sim, de corpo, alma e coração. E espero pelo milagre de todos os
dias. Amanheço, agradeço e creio.
Marisa
Dionisio
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